segunda-feira, 29 de setembro de 2008

DA ARTE


Olavo Bilac disse algo semelhante num de seus
mais brilhantes sonetos parnasianos:
A UM POETA
Longe do estéril turbilhão da rua,
Beneditino, escreve! No aconchego
Do claustro, na paciência e no sossego,
Trabalha ,e teima ,e lima, e sofre, e sua!
Mas que na forma se disfarce o emprego
Do esforço e a trama viva se construa
De tal modo, que a imagem fique nua,
Rica , mas sóbria, como um templo grego.
Não se mostre na fábrica o suplício
Do mestre. E, natural, o efeito agrade,
Sem lembrar os andaimes do edifício:
Porque a Beleza, gêmea da Verdade,
Arte pura, inimiga do artifício,
É a força e a graça na simplicidade.

3 comentários:

  1. Linda a poesia de Bilac.

    Mas, acredite, hoje vi numa chamada do Yahoo um fato incrível, feito até como arte, parecendo esta laranja da sua foto:
    Uma mãe conseguiu colocar dentro de maçãs revestidas com isopor, celular e carregador para o filho num presídio do Rio. Incrível como parecia com sua foto!
    Pode? Arte, pura arte! Só que ela tá no xadrez agora junto com o filhote.
    Pergunte-me se tenho peninha dela?!

    beijos cariocas

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  2. Oi, Rose!

    Dê uma olhada neste blog e veja como estou falando a verdade:

    http://blogdoronaldo.wordpress.com/

    As maçãs que a mulher usou podem ter sido idéias desta foto aí. kakka
    bjs cariocas

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  3. “Sorella” querida,
    Recordo-me já ter lido que a verdadeira sabedoria encontra-se na simplicidade.
    Que busquemos a simplicidade não só na Arte, mas principalmente em nossas almas.
    Paz e Bem!
    Carinho do irmão menor,
    Benja.

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