pela manhã,
um cheirinho bom
de letras
me entra
pelas narinas
e me devolve
QUINTANA
repleto de melodia...
Esteve no
Esteve no
meu telhado
durante
esses anos largos,
tocando
o seu flautim. Anjo travesso,
molhado,
sobrevoa
a minha mesa
e deixa
seus quintanares
como dádiva
e caminho.
Então
me farto
de sonhos
e luzes de lampião;
ouço grilos cricrilantes,
sinfonizando
o instante
que se oferece em banquete... É quando
eu me dou conta
de que o café
está no ponto
de
COMUNHÃO
e POESIA; e o pão
aguarda
sereno
um gesto
de divisão.
Pra isso,
evoco CECÍLIA...
Com seu olhar de musa
e alma de transparência,
será doce companhia
ao velhinho versador:
repartirão brevidades
e colherão impressões
que o tempo
deixou suspensas
nas horas
de alumbramento...
Pois que seja assim:
suavidade e canção
que o cristal
da manhã
me traga como alimento -
QUINTANA ceciliando
seus versos
de nunca e sempre
para além dos horizontes
trajados de
exausto azul...
CECÍLIA quintaneando
uma e outra
cantiguinha
feita de água e vento,
ternura e fragilidade...
O pão e
O pão e
o café
sempre prontos
ao milagre da partilha;
e um sabor
de fina POESIA
desarquivando
saudade...
Um comentário:
Belíssima poesia!
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