( Andei pondo as coisas em ordem por aqui.
Livros, armários, gavetas...
Varri, tirei poeira, lustrei,
organizei, dentro do possível, a ambiência externa.
Agora é a parte mais difícil; a que requer mais cuidado e afinco: "faxina" interior!
Sempre que posso, volto a este texto, para me ajudar nesse processo árduo, mas necessário!
Desejo que apreciem! )
De manhã, em toda casa,
Ar puro, janela aberta,
A higiene determina
O movimento de alerta.
É o asseio proveitoso
Que começa com presteza,
Expulsando o pó de ontem
Nos serviços da limpeza.
A vassoura range, range,
No polimento ao soalho,
Sem desprezar coisa alguma
Na expressão do seu trabalho.
Vêm escovas cuidadosas
Ao lado de espanadores
E renova-se a paisagem
Dos quadros interiores.
A água cariciosa
Que se mistura ao sabão,
Carreia o lixo, a excrescência,
Enche baldes, lava o chão.
Os livros desafogados
Mostram ordem nas fileiras,
Convidando ao pensamento
Do cimo das prateleiras.
Os móveis descansam calmos,
De novo brilha o verniz.
Toda a casa fica leve,
Mais confortada e feliz.
A limpeza efetuada
É novo impulso à energia,
Multiplicando as estradas
De esforço e sabedoria.
A faxina, qual se chama,
Na linguagem da caserna,
Tem seu símbolo profundo
Nos campos de vida eterna.
***
Muita gente sofre e chora,
Na dor e na inquietação,
Por nunca fazer faxina
Nas salas do coração.
( CASIMIRO CUNHA )
3 comentários:
Rose,
com alegria saboreio o fim do "balanço"!!!
Muito sério o texto de Casimiro e a parte mais difícil começa agora realmente, a faxina interna. Ai vale recordar o que disse anteriormente, buscar "despojar-nos", algo que estou precisando fazer também, faxinar meu coração.
O poema é muito belo e um roteiro para nossas almas, é verdade.
Fiquei pensando no que falamos... nos simples de coração, na sabedoria de vida que possuem e que tantas vezes seguem esse roteiro sem o saberem.
Querida, beijos sempre ternos,
Benja.
Quando faço faxina... fico faceira em olhar para tras. Sempre. Tenho renite e por sempre espirro muito.
Nas faxinas do coração sou mais esperta, não deixo nada ficar tão velho a ponto de criar mofo e me provocar a dita. Não guardo máguas, não deixo amores envelhecerem...
Querida Rose,
Faxina, como é necessária, tanto a externa quanto a interna....
Concordo com Benjamin: " O poema é muito belo e um roteiro para nossas almas"
Bjs
Marilac
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