( Porque o que fazemos e o que somos
ficam , como emblema, para as futuras gerações... )
( "É preciso SER a MUDANÇA que se quer ver." GANDHI )
Como sei pouco, e sou pouco,
faço o pouco que me cabe
me dando inteiro.
Sabendo que não vou ver
o homem que quero ser.
Já sofri o suficiente
para não enganar a ninguém:
principalmente aos que sofrem,
na própria vida, a garra
da opressão, e nem sabem.
Não tenho o sol escondido
no meu bolso de palavras.
Sou simplesmente um homem
para quem já a primeira
e desolada pessoa
do singular - foi deixando,
devagar, sofridamente,
de ser, para transformar-se
- muito mais sofridamente -
na primeira e profunda pessoa
do plural.
Não importa que doa: é tempo
de avançar de mão dada
com quem vai no mesmo rumo,
mesmo que longe ainda esteja
de aprender a conjugar
o verbo amar.
É tempo sobretudo
de deixar de ser apenas
a solitária vanguarda
de nós mesmos.
Se trata de ir ao encontro.
(Dura no peito, arde a límpida
verdade dos nossos erros.)
Se trata de abrir o rumo.
Os que virão serão povo,
e saber serão, lutando.
THIAGO DE MELLO
( Imagem de autor desconhecido)
2 comentários:
Palavras de profunda sabedoria espiritual, querida irmã!
São conclusões que a Vida, o Tempo, nos traz, determinando a transformação do SER.
Que possamos aproveitá-las BEM, com “os olhos voltados para a eternidade”.
Beijo de carinho,
Benja.
Rose,
Estava com saudades suas!!
Quanto mais leio este poema, mais gosto dele! Já até roubei para mim! (rs...)
Beijos e um ótimo domingo para nós!
Carol
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