Na canção
do mar de dentro,
o ir e vir
das lembranças
são como
areia e espuma
atiçadas pelo vento.
Com indelével constância,
o tempo que me navega
desapropria meus medos
guardados, há muito, em baús...
(Não ando ao sabor das marés;
há relicários em mim,
contendo doces certezas.)
Vez ou outra venho à tona
e pairo na superfície
com meus sentimentos nus.
Mas as ondas, em seu curso,
preparam-me os mergulhos-
a vida é de profundezas...
(Imagem de autor desconhecido)
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