A MENINA DO MURO
Os dias eram cinzentos assim como o muro que contornava o seu quintal.
A menina gostava de cor, e seus olhos a queriam nos recantos de sua infância.
Não havia. O que existia era o muro. E o cinza guardado em seu concreto.
A menina buscou sementes e plantou seu sonho...
Quem a via, continuamente, rente ao chão, não imaginava o seu dom.
Dia após dia, regou a vida ali escondida até a brotação, que veio como um varal de pétalas...
A nudez do muro se vestira com a alma da menina!...
(Desconheço a autoria da fotografia)
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