PANDEMIA
( poema de quarentena)
Foi preciso forçar a pausa,
ante o tom de perplexidade...
( Sob a ameaça invisível,
desalinho em toda parte!)
Foi preciso calar o ego
e ouvir a íntima voz;
recuperar os velhos rumos
e se desvencilhar dos nós.
Foi preciso muita coragem
no isolamento prescrito;
cada qual era um deserto,
reverberando o seu grito.
E quanto mais eram afastados,
mais se buscavam com sede,
mais expunham a sua essência,
conectando-se em rede.
Se o mundo, estupefato,
globalizava a sua dor,
a vida gerava as sementes
de um tempo mais promissor.
Todo o esforço foi preciso
(também toda a indignação!)
para a proteção do outro
em uníssona oração.
Foi preciso, então, que, à distância,
o encontro não se perdesse,
que os sentimentos falassem,
e os sonhos, no fim, vencessem...
Fonte da imagem:
www.brasilescola.uol.com.br
Se o mundo, estupefato,
globalizava a sua dor,
a vida gerava as sementes
de um tempo mais promissor.
Todo o esforço foi preciso
(também toda a indignação!)
para a proteção do outro
em uníssona oração.
Foi preciso, então, que, à distância,
o encontro não se perdesse,
que os sentimentos falassem,
e os sonhos, no fim, vencessem...
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