sábado, 3 de novembro de 2007

TESSITURA

Cada
estação
em si,
é fino
bordado
de cores
e descobertas
imanentes...
Cada
estação
em mim,
ponto-cruz,
sinal
azul
na tessitura
morna
das horas...
Bordadeira
de sonhos,
valho-me
de linhas
aéreas
e deixo
que as
mãos
definam
trajetos
que
nunca
fiz.
Tecendo
e bordando,
bordando
e tecendo,
descubro
que o
tempo
está nos
meus dedos
e marca
compassos
de me sorrir.
As linhas
(aladas)
dançam
seu percurso
com graça
de bailarina
breve;
matizam-me
de luz
e fazem
do bordado,
transparência...
Da luz
ao fio,
do fio
à tela,
recolho
cores
da
estação;
no meio
delas
sou artesã -
me enterneço...
( Tão largo
o gesto
da mão,
forjando
o belo
do avesso!...)

Um comentário:

Ela disse...

Bordadeira
de sonhos...
produzindo enternecimento!
Lindo demais

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