quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

REFLEXÕES


Carrega nos teus olhos a visão da Luz!
Se difícil a Vida, amplia o dom de  se esperançar, 
para que os horizontes se alarguem...
Toma, nas mãos, os resultados da tua colheita de hoje -
 verifica as sementes que plantaste, confronta-as com os princípios que te animam
 e pergunta a ti mesmo (a): são coerentes? Revelam o destino para o qual vieste?
Tua íntima resposta será  o teu guia...
Ouve-a, sem desculpas, para renovar o que for imprescindível 
e prossegue, nas semeaduras que julgares felizes...
O Tempo assinalará a bondade de teus gestos e te devolverá, com fartura,
tua delicada plantação...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

EM NOSSAS MÃOS


Está em nossas mãos, abrir as portas do dia,
saudando, com alegria, a luz da renovação!...

(Imagem de autoria desconhecida)

Está em nossas mãos, reformular o caminho, 
dar alguns passos atrás, para que o ângulo do olhar
seja mais claro e seguro!...


 Está em nossas mãos, fazer da vida um tecido
de bênçãos e descobertas,
capaz de encantar os escaninhos da alma!...


Somente em nossas mãos, está o poder de escolha,
o dom de servir à Paz, na doce compreensão
 de que o Tempo observa, em silêncio,
e nos traduz o esforço essencial...

sábado, 14 de janeiro de 2012

UM ÂNGULO DA TOSCANA

 "Os ciprestes fêmea se tornam mais volumosos com a idade, mais roliços e viçosos no meio. enquanto os machos permanecem finos e secos. Ambos montam guarda. Esta Toscana é feita de terra selvagem domada, forçada à obediência por um milhão de mãos.
  Um domínio todo feito de seda e veludo, cujos matizes verde, rosa e ocre se estendem sobre a terra como pele nova, envolvendo-a, entrecortando-a e, depois, mergulhando num desfiladeiro, escondendo-se do sol, descansando antes de uma subida repentina até um declive coberto por rosas selvagens."


"MIL DIAS NA TOSCANA" - 
Marlena De Blasi


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

O AMOR DO AMIGO



"Um amigo me chamou pra cuidar da dor dele;
 guardei a minha no bolso. E fui."

CAIO FERNANDO ABREU

PROGRAMA DIÁRIO

( Porque cada dia é uma página nova, cheia de possibilidades de inscrição.
O que fazemos dele corre por nossa conta e risco...)


"Que vais fazer no dia de saída?
Acaso vais reinventar a vida?"

(Carlos Drummond de Andrade)



"É preciso não esquecer nada;
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.


É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.

O que é preciso esquecer é o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.

O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a ideia de recompensa e de glória.

O que é preciso é ser como se já não fôssemos, vigiados pelos nossos próprios olhos,
severos conosco, pois o resto não nos pertence."

Cecília Meireles
Imagem de autor desconhecido

domingo, 8 de janeiro de 2012

QUESTIONAMENTOS DA MAFALDA


UNIFORMES INFORMAIS


      Estapafúrdios, cômicos, despassarados os uniformes ao meu redor.
     Estão uniformizados e se creem originais combatendo outros uniformes.
      O casal parou na lanchonete. Ele vestindo jaqueta de couro, calça de couro, cabelo eriçado tipo Neymar, brincos prateados, argolas presas no nariz e na língua. Usava botas. Ela completava o quadro, era o seu similar feminino. Os dois pareciam saídos de um filme de terror.          E sorriem cadavericamente enquanto comem um insalubre sanduíche e bebem coca.
          Estão convencidos de serem originais. As moças da lanchonete ( uniformizadas com aqueles aventais coloridos e boné como nas lanchonetes americanas) olham aquele outro uniforme.
Passam rapazes com tatuagem até na alma. Olhando de longe parece que têm alguma doença de pele. São de uma tribo determinada. Passa por mim agora uma moça que vai fazer ginástica. Uniformizada de ginasta. Se passasse um padre ou uma freira vestidos de padre e freira iam dizer que o padre e a freira estavam uniformizados. Se passasse algum militar, idem. Aliás, num mundo em que todo mundo está disfarçadamente uniformizado, os militares já não usam mais uniformes nas ruas.
        Na calçada, passam homens gordos com aquela barriga ostensiva, usando bermudas, o que torna as pernas e barrigas caricaturais. Meu Deus, como as pessoas ficaram feias! Usam tênis ou sandálias. Podem ter vindo de um aeroporto, de um avião, pois hoje nos aviões, tem sempre alguém semi nu coçando o dedão do pé num gesto de impudica carícia.
      Hoje quem não tem aquela barba rala, aquela barba de quem está fingindo estar barbado, quem não tem esse uniforme não pode ser manequim nem ator de novela. A calvície reina. E identifica certas preferências sexuais. Calvos senhores com seus bíceps avantajados cruzam por mim. A calvície não tem mais idade. Vejam os jogadores de futebol - carecas, aos Beatles ao revés. 
      Outro uniforme é a camiseta cavada tentando mostrar algum músculo. Isto conjugado com bermudas coloridíssimas que lembram trajes de palhaços. Carnavalização. A moda há muito subverteu as normas do calendário. A roupa carnavalizada não é mais para o fim de semana, é para todo o dia, a qualquer hora, qualquer cinema, teatro ou enterro. As camisetas cheias de letras em inglês, cujo sentido os usuários ignoram. Nunca se viu tanta coisa escrita nas pessoas como se fosse um livro escrito em sânscrito. A harmonia que está na moda é a harmonia do mau gosto.
      E as mochilas? Segue a multidão curvada ao peso de inconfortáveis mochilas. Parecem retirantes, trânsfugas. E nos ônibus, trens e aeroportos as corcovas derrubam e ferem os outros. Já não se tem mais o limite do próprio corpo.
    Como dizer a certas pessoas que elas não deveriam usar jeans., certos tipos de jeans. Assim como certas pessoas ficam bem com qualquer roupa, outras ficam mal com qualquer grife que ostentam. E o jeans virou uma calamidade azul, desbotada, rasgada.
  A uniformidade na desuniformidade. Disformidades.
     Todos se pensando originais, todos copiando modelos comercialmente criados em outros países. Não há diferença entre um jovem em Nova York, outros em Manaus, em Varsóvia ou Moscou. Não só os jovens. Os velhos uniformizaram-se no falso não-uniforme.
        Se todo mundo é original, a originalidade é copiar. Não é à toa que as mesmas lojas estão nos idênticos shopping de todo o mundo. Mesmices.
        Mesmerizadas as pessoas copiam o mesmo e se sentem o outro.


AFFONSO ROMANO DE SANT'ANNA,
 em "O Estado de Minas" - 20/11/2011

sábado, 7 de janeiro de 2012

NA FILA!

Foto: Rose
Férias!
Tempo de leituras escolhidas!
Aqui, três títulos - três oportunidades  de viajar de forma diferente!
"Mil dias na Toscana", de Marlena de Blasi - "memórias de um pequeno vilarejo repleto de comida, romance e, acima de tudo, vida"!
"O Homem que venceu Auschwitz",de Denis Avey e Rob Broomby -"uma história real sobre a Segunda Grande Guerra";"um  emocionante e surpreendente relato de um corajoso homem que arriscou a vida para mostrar ao mundo um dos mais terríveis e  dolorosos episódios da História."
E "Um céu numa flor silvestre", de Rubem Alves - que nos propõe, através de suas crônicas, observarmos "a beleza de todas as coisas".
Que tal?

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

VIAGEM INTERATIVA!!


Isto é que é viajar com estilo!
(rsrs...)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

LEITURA: UM ÓTIMO DESAFIO!

Este é um livro para bibliófilos.
"O Ano da Leitura Mágica ", de Nina Sankovitch, é o relato de um desafio que a autora propôs a si mesma, após o falecimento de sua irmã, aos 46 anos: ler, diariamente, um livro de, no máximo, 350 páginas, durante um ano! Aprender com autores diversificados foi a forma que ela encontrou para ocupar sua mente, e recuperar-se da imensa dor daquela perda.


Leia alguns trechos selecionados:

1- A RAZÃO DO PROJETO:

"Eu precisava de consolo agora. E precisava de esperança. Esperança de que, quando a vida mostra seu lado mais cruel, ela voltará a mostrar seu melhor lado.(...) Eu tentei correr, mas agora tentaria ler. Eu podia confiar na promessa de Connolly de que 'as palavras têm vida e a literatura se torna uma fuga, não da vida, e sim para dentro da vida.'
Minha leitura dos livros seria disciplinada. Sei que haveria prazer nas minhas leituras, mas precisava também me ater a um cronograma."

2- O PROJETO E SUAS REGRAS:

"Planejei começar meu projeto de um livro por dia no meu aniversário de quarenta e seis anos. Eu leria meu primeiro livro naquele dia e no dia seguinte escreveria minha primeira resenha. As regras para meu ano eram simples: eu não podia ler o mesmo autor duas vezes, não podia reler nenhum livro que já tinha lido e tinha de escrever sobre todos os livro que lesse. Eu leria novos livros, novos autores e leria livros antigos de meus escritores preferidos."

3- A BUSCA:

"Eu estava pronta - pronta para me sentar na poltrona roxa e ler. Durante anos, os livros abriram uma janela pela qual eu podia ver como as outras pessoas lidavam com a vida, suas tristezas, alegrias, monotonias e frustrações. Eu os usaria novamente para buscar empatia, orientação, amizade e experiência. Os livros me dariam tudo isso e mais. Depois de três anos carregando a verdade sobre a morte de minha irmã, eu sabia que jamais me livraria da tristeza. Eu só esperava um pouco de alívio. Esperava algumas respostas. Queria que os livros respondessem à persistente pergunta sobre o porquê de eu merecer viver. E como deveria viver. Meu ano de leituras seria minha fuga de volta à vida."

4- O RESULTADO  DO PROJETO:

"Aprendi, graças aos livros, a me apegar às memórias de todos os belos momentos e pessoas da minha vida, já que preciso dessas lembranças para me ajudar a passar pelos tempos difíceis. Aprendi a perdoar tanto a mim mesma quanto às pessoas ao meu redor, todas tentando apenas sobreviver com seus 'fardos pesados'. Sei, hoje, que o amor é uma força poderosa o bastante para sobreviver à morte e que a generosidade é a maior ligação entre mim e o restante do mundo. E o mais importante - porque hoje sei que Anne-Marie sempre estará comigo e com todos que ela amou - é que entendi o impacto duradouro que uma vida pode ter em outra, outra e outra."

"(...) A dor não é uma doença ou uma calamidade. É apenas a única reação possível à morte de uma pessoa amada e uma afirmação de quanto damos valor à própria vida, por todas as suas maravilhas, emoções, beleza e alegria.
Nossa única solução para a dor é viver. Viver olhando para trás, lembrando as pessoas que perdemos, mas também seguindo adiante com ansiedade e entusiasmo. E repassar esse sentimento de esperança e possibilidade por meio de gestos de bondade, generosidade e compaixão.
Li livros durante toda a minha vida. E, quando mais precisei lê-los, os livros me deram tudo o que pedi e mais. Meu ano de leituras me deu o espaço de que eu precisava para descobrir como viver novamente, depois de perder minha irmã. Meu ano no sanatório de livros me permitiu redefinir o que é importante para mim e o que pode ser deixado para trás. Nem todas as interrupções da vida podem ser tão intensas - nunca mais lerei um livro por dia durante uma ano -, mas qualquer interrupção da vida frenética, dos dias cheios de ocupação, pode restaurar o equilíbrio de uma vida virada de cabeça para baixo. Para algumas pessoas, essa interrupção será uma tarde fazendo tricô, ou uma semana de aulas de ioga, ou ainda uma longa caminhada com um amigo, ou um animal de estimação. Todos precisamos de espaço para deixar que as coisas se acomodem, um lugar para nos lembrarmos de quem somos e do que nos é importante, um intervalo que nos permita que a felicidade e a alegria da vida voltem à nossa consciência.

"(...) Meu hiato acabou. Minha alma e meu corpo estão curados, mas nunca abandonarei a poltrona roxa por muito tempo. Tantos livros esperando para serem lidos, tanta felicidade para ser descoberta, tanta maravilha para ser revelada."


Uma obra instigante, que nos faz repensar os próprios valores e caminhos, além de nos reafirmar a importância do livro, a sua capacidade  de ressaltar a beleza e a esperança que sempre há no cenário de nossas vidas!

domingo, 1 de janeiro de 2012

UM NOVO TEMPO!

"Hoje é um NOVO DIA ,
de um NOVO TEMPO
 que começou..."

Em 2012, que possamos agir mais e melhor;
amar mais e sem distinção;
fazer sorrir a VIDA que nos é dada como BÊNÇÃO e OPORTUNIDADE sagrada
 de aprendermos a CONSTRUIR o BEM  e a VERDADE!
FELIZ ANO NOVO!... )

Poderá também gostar de :

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...