domingo, 6 de julho de 2008

VIA - LÁCTEA XIII

[ O poema, que ora transcrevo, me toca profundamente a alma por
sua carga expressiva aliada à beleza da temática .
Afinal, quem não gosta de POESIA... de ESTRELAS?... ]
*****
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi:

OLAVO BILAC -
Nasceu no Rio de Janeiro em 1865 e aí morreu em 1918. É
um dos melhores poetas do Parnasianismo Brasileiro. Junto com Alberto de Oliveira e Raimundo Correia forma a Tríade Parnasiana. Sua poesia apresenta várias temáticas. Dentro da linha parnasiana, escreveu poemas sobre quadros referentes à Antigüidade como, por exemplo, em "A Sesta de Nero" e "O Incêndio de Roma".
Abordou também fatos da História do Brasil, como em "O Caçador de Esmeraldas", onde exalta a figura do bandeirante Fernão Dias Paes.
A par disso, sua obra expressou seu mundo interior através de poesia lírica, amorosa e sensual, em que abandona o tom comedido da escola.
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Um comentário:

Irmão Sol, Irmã Lua disse...

"As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam de pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Tu explicarás então: Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!” (Saint-Exupéry).

Lindo poema, "Sorella"!
Gosto de poesia! Gosto dos versos de Bilac! Adoro as ESTRELAS!
Elas sempre me fascinaram desde pequenino, ficava admirando-lhes as luzes e as formas, procurava identificá-las e me emocionava ao encontrar o Cruzeiro do Sul e as Três Marias; depois passei a amá-las por causa de um principezinho que tocou nossos corações e marcou nossas vidas.
Um beijo de carinho,
Benja.

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