terça-feira, 15 de outubro de 2013

ARQUEOLOGIA DO TEMPO

       Ouvi falar de um deserto que me parecia distante, porque improvável no meu tempo de constâncias.
     Hoje, entretanto, seu hálito quente se veste de proximidade e enche de areia os vazios, que a vida teceu sem cerimônia.
  Em meio às dunas, o sentimento braceja indivisível no exercício da memória, entreabre velhas portas e recupera o fôlego quase roto na escalada.
   "O deserto é belo, porque esconde um poço em algum lugar"... - uma brisa antiga e doce me relembra. 
    Sobretudo, a vastidão adiante é um convite a palo seco.
    E, porque tenho sede, me ponho imensa a cavar... 
            

2 comentários:

Beth/Lilás disse...

Lindo, Rose!
Há quanto tempo!
Saudações e meus parabéns, professora!
Beijinhos cariocas

Irmão Sol, Irmã Lua disse...

Nos tempos atuais,
A vida tem sido um deserto.
Deserto árido, de extrema secura.
Crer na existência do poço de águas límpidas,
É o que faz manter a esperança na vida e persistir...

Alegro-me, Rose,
Por vê-la de retorno ao Eternessências...
Espaço de poesia e ternura que enleva nossas almas.
Um beijo,
Benja

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