sexta-feira, 25 de abril de 2014

CANÇÃO DO MAR DE DENTRO


Na canção
do mar de dentro,
o ir e vir
das lembranças
são como
areia e espuma
atiçadas pelo vento.


Com indelével constância,
o tempo que me navega
desapropria meus medos
guardados, há muito, em baús...


(Não ando ao sabor das marés;
há relicários em mim,
contendo doces certezas.)


Vez ou outra venho à tona
e pairo na superfície
com meus sentimentos nus.

Mas as ondas, em seu curso,
preparam-me os mergulhos-
a vida é de profundezas...

(Imagem de autor desconhecido)

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