terça-feira, 15 de janeiro de 2008

CONSIDERAÇÕES

" O homem que conhece a si mesmo reconhece os próprios limites e, portanto, não exorbita de sua capacidade ou condição. Ao mesmo tempo, aquele que é capaz de identificar e examinar sobriamente os seus próprios sentimentos e desejos consegue, em alguma medida, vê-los de fora e distanciar-se deles, o que reduz o risco de que venham a tiranizar a sua mente ou conquistar um poder exagerado sobre suas ações. Nenhuma falsa certeza subjetiva o levará a tentar ser quem não é ou a ser tragado por suas próprias paixões.
O autodesconhecimento, ao contrário, favorece o excesso. A superestimação de si mesmo, a inflamação do acreditar e a concentração excessiva do querer revelam que o indivíduo está, de alguma forma, fora de si, ou seja, perdeu o pé de sua realidade interna.


As certezas inexpugnáveis e avassaladoras que o movem comprometem a sua percepção de limites e o seu senso de proporções. "Desejar violentamente uma coisa", observa Demócrito, "é tornar-se cego para o demais" (fragmento 72). Juízo míope, agir descomedido. É da ignorância de si que surgem os piores excessos na vida pública e privada. Se os homens se empenhassem de fato na busca do autoconheciemnto, eles naturalmente se tornariam mais equilibrados e temperados em seus entusiasmos e ambições. "
(EDUARDO GIANNETTI - fragmentos do livro "Auto-Engano")
(Fonte da imagem I: www.mondoredondo.com;
desconheço autoria da imagem II)

3 comentários:

Irmão Sol, Irmã Lua disse...

Sabe, esse texto me fez reportar as palavras do capítulo Casa do Coração do Livro de Jesus para os que Sofrem, do nosso "paizinho" (tenho relido o livro nesses dias por mais uma vez); tenho pensado na importância do autoconhecimento, na importância de "vencer os estágios de desequilíbrio", buscando "o equilíbrio do coração e o discernimento do espírito".
Tenho pensado e procurado aceitar os limites que a vida impõe, para não recapitular mais uma vez. Estive recordando D. Lizete, o exemplo de vida que essa senhora simples e humilde nos deixa...
Que Deus nos auxilie em nossa vigilância interior, para que possamos ter e manter os olhos da alma bem abertos.
Carinho eterno,
Benja.

Ela disse...

E sempre que penso que me conheço...
La venho eu , amanhecendo outra novinha e com tudo de novo para reconhecer.
Será isto bom?

Lenissa disse...

amei... posso me apropriar? esse texto tem tudo haver com certos momentos atuais de minha personalíssima vida... rsrsrs beijos

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